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Como surgiu a ideia de comer de 3 em 3 horas

Se cada vez mais estudos sugerem que comer de 3 em 3 horas não é necessariamente benéfico para o corpo, porque será que isso se tornou quase unanimidade em primeiro lugar?
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Por muitos anos, a prática foi vista como o jeito correto de comer, uma estratégia alimentar que poderia contribuir com o emagrecimento e manter o metabolismo em período de constante queima calórica, o que hoje sabemos que não corresponde com a realidade.
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Ocorre que Fredrick Stare, um influente nutricionista de Harvard que trabalhou como conselheiros do governo americano e ajudou a estabelecer alguns preceitos da nutrição mundial usados até hoje, recebeu não apenas financiamento para pesquisa, mas também uma doação de mais de um milhão de dólares da General Foods. Na época, então, nem mesmo o consumo de açúcar era visto como nocivo.
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Ele apareceu em programas de entrevistas em mais de duzentas rádios ao longo do país insistindo que a Coca-cola era um “lanche saudável”. Será que a gente pode confiar nas diretrizes que ele ajudou a criar? Será que podem ter existidos interesses de grandes corporações para que as pessoas fossem convencidas de que “comer muitas vezes durante o dia emagrece”?
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Nunca antes os seres humanos foram capazes de fazer 6 refeições por dia, o homem primitivo não tinha uma geladeira à disposição para comer a todo instante…Durante alguns milhares de anos nosso corpo aprendeu a comer de outra maneira, na verdade.
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Claro que nosso organismo se adapta, mas será que isso é o melhor para todos? Sim, há pessoas (que buscam engordar, por exemplo), que se beneficiem dessa estratégia, mas quando temos um olhar individualizados podemos ver que comer de 3 em 3 horas não deveria ser a regra – ainda mais se os “lanchinhos” são repletos de ultraprocessados! Muita gente se beneficia do jejum intermitente.

Ref: Bellisle F et. al. Meal frequency and energy balance. Br J Nutr. (1997)