Tireoidite de Hashimoto
24 de maio de 2017
Série Autoimunes: Conclusões
26 de maio de 2017

Diabetes tipo 1

Compreenda

O Diabetes é uma doença decorrente de “erros” na ação e/ou secreção da insulina – hormônio produzido no pâncreas pelas chamadas células beta. Ou seja, a balança insulina/glicose não consegue mais se equilibrar. O hormônio serve como um regulador da circulação de glicose entre as células, auxiliando no aproveitamento da mesma nas várias atividades celulares. Existem duas categorias de diabetes: tipos 1 e 2. Nesse post falaremos sobre o primeiro tipo, que é considerado doença autoimune. Veremos como se manifesta, sintomas e como a alimentação pode ajudar no ganho de saúde do paciente.

O Diabetes tipo 1 é resultado da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico[1], ou seja, pela formação de anticorpos do próprio organismo contra as células beta levando a deficiência de insulina.

Geralmente é diagnóstica na infância[2][4], devido ao contato que a criança passa a ter com alimentos ricos em carboidratos e açúcares e acaba passando mal depois disso. Mas já foram notificados casos de diabetes tipo 1 em outras faixas etárias[5]. Na maioria dos casos, em exames laboratoriais é possível detectar a presença destes anticorpos[3].

Os sintomas podem surgir de forma bem incisiva, entre eles estão sede excessiva, fome e necessidade de urinar aumentadas, emagrecimento fora do normal além de fadiga e fraqueza. Fatores ambientais e qualidade da alimentação pode influenciar na manifestação da Diabetes tipo 1. Estudos mostram que elementos como a amamentação, alimentação rica em nicotinamida (forma ativa da niacina ou vitamina B3), zinco e vitaminas C, D (olha ela aí) e E têm sido relatados como possíveis protetores contra diabetes tipo 1, enquanto leite de vaca, crescimento linear aumentado e obesidade podem aumentar o risco[6].

Baixo nível de vitamina D tem sido associada com um risco aumentado de diabetes mellitus tipo 1 nos períodos pré-natal e neonatal[7], podendo impactar o sistema imunológico ou através de modificação epigenética[8][9].

Em função dessa produção não eficiente de insulina, os portadores de Diabetes tipo 1 devem evitar alimentos ricos em carboidratos, mel, açúcares e frutose. Isso porque eles ao serem metabolizados pelo organismo são convertidos em glicose. Deve-se tomar cuidado também com o consumo de produtos industrializados, processados e gorduras hidrogenadas. Por isso, cuidar da alimentação é sempre muito importante para mantermos inativos esses genes que podem desencadear a diabetes tipo 1.

Leia também:

Introdução
Alimentação e autoimunes
Doença Celíaca
Lúpus
Doença de Chron
Tireoidite de Hashimoto
Conclusão

Referências:
[1] Atkinson, Mark A, George S Eisenbarth, and Aaron W Michels. “Type 1 Diabetes.” Lancet 383.9911 (2014): 69–82. PMC. Web. 17 May 2017.
[2] Eisenbarth GS. Update in type 1 diabetes. J Clin Endocrinol Metab. 2007;92:2403–7
[3] Tuomi T. Type 1 and type 2 diabetes: what do they have in common? Diabetes. 2005;54(suppl 2):40–45.
[4] Gale EA. Type 1 diabetes in the young: the harvest of sorrow goes on. Diabetologia. 2005;48:1435–38.
[5] Leslie RD. Predicting adult-onset autoimmune diabetes: clarity from complexity. Diabetes. 2010; 59:330–31.
[6] Virtanen, Suvi M., and Mikael Knip. “Nutritional risk predictors of β cell autoimmunity and type 1 diabetes at a young age.” The American journal of clinical nutrition 78.6 (2003): 1053-1067.
[7] Holick MF. Nutrição: D-iabetes e D-eath D-efying vitamina D. Nat Rev Endocrinol. 2012; 8 (7): 388-390.
[8] Robyn M Lucas, Anne-Louise Ponsonby, Julie A Pasco, Ruth Morley; Future health implications of prenatal and early-life vitamin D status. Nutr Rev 2008; 66 (12): 710-720. doi: 10.1111/j.1753-4887.2008.00126.x
[9] Hossein-nezhad, Arash, and Michael F. Holick. “Vitamin D for Health: A Global Perspective.” Mayo Clinic proceedings. Mayo Clinic 88.7 (2013): 720–755. PMC. Web. 17 May 2017.