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Como a indústria popularizou os óleos vegetais e vilanizou a gordura animal

Além de dia dos pais, ontem também foi o Dia de Combate ao Colesterol. Por isso, quero aproveitar para compartilhar uma história com vocês. E, antes de mais nada, que fique claro: não são as gorduras saturadas que vão te dar um ataque cardíaco. O sedentarismo, o excesso de carboidrato refinado, o açúcar e os alimentos ultraprocessados, sim.
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A grande indústria alimentícia vem mentindo para nós há décadas e no livro da jornalista Nina Teicholz, “The Big Fat Surprise: Why Butter, Meat, Cheese Belong in a Healthy Diet” é possível conhecer alguns pormenores.
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Até a década de 40, todo mundo consumia banha, azeite e manteiga. Mas aí, um grupo de cardiologistas da recém criada American Heart Association recebeu uma singela doação de 1,5 milhão de dólares da empresa Procter & Gamble. E foi logo depois dessa doação que a AHA, liderada pelo fisiologista Ancel Benjamin Keys, começou a divulgar a hipótese da dieta-lipídio, indicando que a ingestão de gordura saturada elevaria o colesterol no sangue e que isso provocaria ataques cardíacos. E, como as gorduras animais são fontes de gordura saturada e colesterol, logo passaram a ser demonizadas.
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O problema é que o estudo de Keys é falho em diversos pontos e apresenta sinais de que pode ter sido guiado para apresentar uma “verdade” já internalizada pelo próprio pesquisador. O que, claro, inviabiliza qualquer estudo minimamente sério. Ele, por exemplo, escolheu países para fazer sua pesquisa que serviam à sua tese, ignorando outros que não. Coincidência de que isso tenha ocorrido justamente após uma generosa doação de um empresa que produzia óleos vegetais? Eu acho que não.
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E com tantos estudos mostrando que os carboidratos, sim, afetam a saúde do nosso coração e não as gorduras saturadas, porque será que ainda hoje tanta gente acredita nisso?