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Quando o que comemos passou a nos intoxicar: o efeito danoso da Indústria alimentícia.

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Publicado em 12/09/2016

alimento_Food MattersRecentemente indiquei a vocês um documentário que assisti há algum tempo o “Food Matters”. Na verdade, o que quis dividir com vocês é como o que comemos representa um papel fundamental na saúde de nosso organismo. Um determinado alimento pode causa bem, enquanto o outro pode ser considerado até tóxico para nosso corpo.

A medicina reconhece que para se alcançar qualidade de vida e passar cada etapa com o máximo de saúde possível não há fórmulas mágicas ou segredos. Trata-se de um conjunto de fatores integrados, que atuam como pilares: alimentação saudável, exercício físico, qualidade de sono e equilíbrio corpo, mente e espírito.

Dito isso, temos hoje uma nova realidade nutricional. Desde que o homem descobriu a química aplicada às “necessidades” do ser humano, passou a utilizá-la em tudo, indiscriminadamente: desde o que comemos, até o que vestimos, os móveis da casa, tudo. Fomos invadidos por esta “onda de modernização”. Realmente, há conquistas positivas, mas outras, nem tanto.
Vejam a alimentação por exemplo. Com a expansão da agricultura, o homem passou a recorrer a pesticidas e herbicidas, a não respeitar o tempo de recuperação do solo – tudo isso para ampliar a produção, e pela praticidade de algo que no princípio não poderia prever os danos à saúde a longo prazo.

Segundo dados divulgados pela ANVISA, os agrotóxicos encontrados nos alimentos inorgânicos podem causar a deterioração dos recursos naturais, como solo, água e flora, além de poder causar intoxicação alimentar. Isso ocorre principalmente quando essas substâncias tóxicas são inseridas em excesso nos alimentos, para que o produtor não perca a plantação inteira por fatores externos.

Sem falar no surgimento dos transgênicos – os alimentos geneticamente modificadas (GM), assunto que traz muita polêmica – justamente porque existem estudos que dizem que a transgenia pode afetar a saúde humana, mas também existem aqueles estudos que dizem que o consumo não causa nada em nosso organismo. Há alguns anos fui a fundo para pesquisar e, mesmo que existam alguns documentos que digam que a transgenia não produz malefícios ao nosso corpo, algumas fontes citam que estes estudos são financiados pelas mesmas empresas que fabricam este tipo de produto. Portanto, em quem acreditar? Em julho de 2013, o relatório “Levantamento e análise de estudos e dados técnicos referentes ao consumo de plantas transgênicas: o caso do NK603” foi publicado, informando a respeito dos riscos associados ao consumo de plantas transgênicas, pelo autor Gilles Ferment. Ele apresentou um resumo das descobertas publicadas na literatura científica (ou seja, documentou todas aquelas que já saíram pela mídia), envolvendo tanto os riscos gerais ligados ao próprio processo de transgenia, como os riscos relacionados ao consumo de plantas que contém a toxina Bt (tóxica a lagartas) e/ou toleram altas doses de herbicidas. (veja mais no texto do blog “Risco para a saúde do consumo de transgênicos” http://bit.ly/2cIft3e)

A​ sociedade moderna está totalmente acidificada​, e isto é um fato​. São inúmeros alimentos industrializados, até as frutas e verduras podem estar contaminadas além dos agrotóxicos, com corantes artificiais, sucos de caixinha extremamente artificiais, refrigerantes extremamente ácidos – como os de cola, álcool, drogas, cigarro, entre outras substâncias prejudiciais a nossa saúde. Nada disso brotou da natureza, correto?! Para quem quiser entender quais são os alimentos mais alcalinos que consumimos e que tornam nosso Ph Corporal mais ácido: http://ow.ly/VFBqO

Os produtos industrializados possuem carga grande de processos químicos e se comportam como ácidos, e muitos desses alimentos reduzem o Ph, o que torna o organismo mais ácido. Quer ver um exemplo? 500 ml de coca zero equivalem a um Ph de 2,2. São necessários mais de 30 copos de água alcalinizada para equilibrar o organismo após a ingestão de apenas uma lata! Entendeu o conceito?

Há muito para se falar sobre este assunto. Quero retomar aqui o conceito do estilo de vida Paleo – ou como muitos preferem chamar, a “dieta paleolítica”. Este e outros, como low carb, por exemplo, consistem como máxima em subtrair os Industrializados, embutidos, processados do cardápio.

A paleo nos ensina que nos tempos primitivos, a época conhecida como “Era Paleolítica” era cercada de hábitos extremamente rústicos, sem as facilidades tecnológicas a que estamos habituados hoje. A sobrevivência era calcada sobre caça, pesca e extrativismo rudimentar. Pode parecer um tanto “bárbaro”, porém era saudável! Ou seja, essa dieta é semelhante à do homem das cavernas, à base de carnes in natura, frutas, raízes e vegetais. A dieta Paleolítica é uma das formas mais saudáveis de se alimentar porque se trata de uma abordagem nutricional que funciona em conjunto com a nossa genética para nos ajudar a nos manter saudáveis, fortes e cheios de energia.

A maioria das doenças que assolam a humanidade hoje são oriundas de uma alimentação repleta de equívocos, em que os industrializados os são verdadeiros vilões. Especialmente os carboidratos refinados, que aumentam o risco da obesidade, diabetes e doenças cardíacas bem mais do que a gordura. O American Journal of Clinical Nutrition publicou uma combinação de estudos sobre consumo dos alimentos, com mais de 300 mil pessoas com risco cardiovascular, e não foi comprovada uma relação entre essas doenças e o consumo de gordura saturada, que é a que está presente nas carnes! Ou seja, ela não tem, na verdade, aquele papel de grande vilã da alimentação que se imaginava até alguns anos atrás…

Ai entram os benefícios da dieta paleolítica – ela exatamente trata de lançar fora todos os “venenos” da alimentação moderna ocidental, o que faz com que ela tenha eficácia inclusive na prevenção de doenças crônicas, autoimunes e também degenerativas. Cabe ressaltar que a paleo nada tem a ver com perder peso, este nem de longe é seu objetivo, mas sim, uma consequência deste conjunto de atitudes transformadoras que equilibram corpo e mente!

Ela faz bem justamente porque adota o consumo de produtos orgânicos, exclui os industrializados e processados e os açúcares. A proposta é que se divida o prato entre 40% hortaliças, 30% de carnes, peixes e frutos do mar, 20% de frutas e tubérculos e 10% de oleaginosas. Na dieta Paleo recomenda-se também que as carnes sejam assadas em fornos em até 220 graus centígrados, no máximo.

Hoje com clareza percebo que nosso organismo é uma engrenagem que converge com o meio ambiente ao seu redor – por isso, corpo, mente e espírito devem estar em harmonia. A natureza prove tudo o que o ser humano precisa em termos nutricionais. Reflitam nisso! Será que nós mudamos? Ou a evolução permitiu uma revolução industrial que desequilibrou nosso sistema?

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