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Mindfulness: a importância do aqui e agora

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21.09_MindfulnessO mindfulness, conhecido em português como “atenção plena” ou, ainda, “consciência plena” – consiste numa técnica ocidental de meditação focada no “aqui e agora”. A prática tem como objetivo ajudar a lidar com a ansiedade e depressão. Já pensou?! A temática foi inclusive tema de capa da revista Superinteressante deste mês de setembro.

Segundo o coautor do livro Mindfulness: As Eight-Week Plan for Finding Peace in a Frantic World, Danny Penman, “mindfulness é uma maneira de ter plena consciência do que está acontecendo no presente”.

Ao promover esta consciência, a técnica é capaz de aumentar a atividade do córtex pré-frontal, área associada ao pensamento consciente e que, em situações de estresse, é reduzida. Por isso, o estado psicológico focado no presente possibilita percebermos pensamentos e emoções no momento em que ocorrem e impede que reajamos de maneira automática. Mas atenção: não se trata de esvaziar a mente de pensamentos ou emoções, mas de prestar atenção no momento presente, sem olhar o passado ou projetar o futuro.

Desta forma, tomaremos atitudes mais conscientes e gentis. A prática diária da técnica evita a típica avalanche de pensamentos ruminativos, que tanto acometem os ansiosos e depressivos, pois impede que as pessoas pensem no que aconteceu ou no que vai acontecer. Também ajuda a aliviar uma variedade de condições físicas e mentais, incluindo transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade, bem como no tratamento de dependências.

Experimente reservar de 10 a 20 minutos por dia para a prática. Sente-se de forma confortável, em um lugar calmo, repire normalmente e foque a sua atenção nas sensações do seu corpo. Se a mente vagar, traga a atenção de volta à sua respiração. O próximo passo é mentalizar o “aqui e agora” em cada atividade que realizar durante o seu dia, sem pensar no passado ou no futuro.

Apesar de ser inspirado no budismo, o mindfulness tem sido amplamente estudado pela comunidade científica como ferramenta terapêutica e os seus benefícios, tanto para a saúde física quanto mental, têm sido comprovados. Estudo da Universidade Carnegie Mellon, da Pensilvânia, nos Estados Unidos, revelou que a meditação mindfulness aumenta a atividade pré-frontal do cérebro e desabilita a resposta biológica ao estresse, reduzindo o risco e a gravidade de doenças relacionadas, como depressão e cardiopatias. Os programas de intervenção mais conhecidos e estruturados atualmente são o Mindfulness-Based Stress Reduction, do professor da Universidade de Massachusetts, Jon Kabat-Zinn, o Mindfulness-Based Cognitive Therapy, do professor da Universidade de Oxford, Mark Williams, e o Mindfulness-Based for Pain and Illness, de Vidyamala Burch do Instituto Breathworks.

No Brasil, o Centro Brasileiro de Mindfulness e Promoção da Saúde da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) lidera pesquisas sobre mindfulness no campo da medicina comportamental e saúde coletiva.

 

 

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