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Bullying: precisamos falar sobre isso

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24.10_BULLYINGUma brincadeira de criança, aparentemente inofensiva, pode ter um efeito negativo sobre a saúde mental de uma pessoa por muitos anos. Estudos apontam que pessoas que foram vítimas de bullying com frequência quando crianças são mais propensas a desenvolver transtornos psiquiátricos, que demandam tratamentos na idade adulta, do que aquelas que não foram maltratadas.

Pesquisas demonstraram que existem ligações entre bullying e um risco maior de problemas mentais e emocionais durante a infância, como baixa autoestima, mau desempenho escolar, depressão e pensamentos de suicídio.  Um estudo mais recente, publicado na revista JAMA Psychiatry, mostrou que cientistas descobriram fortes evidências de que crianças que sofreram intimidações têm alto risco para desenvolver depressão quando se tornam jovens adultos. O professor de psiquiatria infantil na Universidade de Turku, na Finlândia, Andre Sourander, aponta que o fato de ser vítima de assédio moral na infância eleva o risco de transtornos depressivos que necessitam de tratamento psiquiátrico anos mais tarde.

Este novo estudo é o maior até o momento para investigar os efeitos do bullying. Foi constatado que cerca de 20% daqueles que eram provocadores na infância tiveram algum tipo problema de saúde mental que precisou de tratamento médico quando chegou à adolescência ou idade adulta, e 23 % dos que foram vítimas de bullying frequente haviam procurado algum tratamento psiquiátrico antes dos 30 anos. Entre os distúrbios apresentados, estavam transtornos de ansiedade, esquizofrenia e uso de substâncias entorpecentes.

Crianças que estão envolvidas ou são alvos de bullying têm um alto risco de problemas em seu desenvolvimento social, emocional e psicológico. Por isso, é um comportamento que deve ser levado a sério por pais e educadores. A intervenção precoce pode ajudar a prevenir as consequências para a saúde mental a longo prazo. Nesse sentido, tudo começa em casa. Crianças que são incentivadas e recebem demonstrações claras de afeto e aprovação dos pais crescem mais seguras de si. Em contrapartida, quando a infância é marcada por violência doméstica, a idade adulta normalmente será um reflexo disso, e esse indivíduo pode ser tornar imaturo e inseguro, até mesmo agressivo e antissocial.

Mas é possível reverter esse quadro, mesmo depois de adulto. Eu sou um exemplo disso. Pensem: uma criança, imigrante, comilona (sim, quando meu pai teve condições de oferecer mais alimentos para a família, nos encantamos com as comidas e engordamos bem).

Existem momentos em que nós mesmos precisamos encontrar força de vontade e entendermos que a vida é uma só, que não podemos desperdiçar anos remoendo situações e que uma atitude, por menor que seja, já é um começo. As grandes mudanças começam com pequenos passos. Comece a mudar hoje a sua vida e para melhor! Acredite: é possível.

 

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