A fibromialgia é uma condição complexa, caracterizada por dores generalizadas, fadiga extrema e distúrbios do sono.
Embora sua causa exata ainda seja debatida, sabemos que a inflamação crônica, o estresse oxidativo e as disfunções metabólicas desempenham um papel importante.
E é exatamente aí que o jejum prolongado entra como uma estratégia poderosa.
O jejum não é apenas sobre “ficar sem comer”, mas sim um processo metabólico profundo que ativa mecanismos de reparo no corpo.
O jejum inibe citocinas pró-inflamatórias, que estão frequentemente elevadas em pacientes com fibromialgia.
Durante o jejum, o corpo elimina células danificadas e renova estruturas celulares através da autofagia, reduzindo o acúmulo de toxinas e melhorando a função mitocondrial.
A fibromialgia está também associada a baixos níveis de serotonina e dopamina. O jejum aumenta a produção de corpos cetônicos, que servem como um combustível alternativo para o cérebro e modulam esses neurotransmissores, ajudando a melhorar o humor e a clareza mental.
Pacientes com fibromialgia frequentemente apresentam resistência à insulina, o que pode agravar a dor crônica. O jejum prolongado contribui para uma regulação mais eficiente da glicose no sangue.
Além do jejum, outras abordagens podem contribuir significativamente para o controle dos sintomas como técnicas de gerenciamento do estresse (mindfulness, exercícios de respiração, grounding), exercício físico adaptado, suplementação (como magnésio, coenzima Q10, triptofano e vitamina D) e uma alimentação anti-inflamatória (rica em ômega-3, vegetais crucíferos, cúrcuma e gengibre, por exemplo). Além disso, evitar glúten, laticínios e açúcar pode ser benéfico para muitos pacientes – tudo deve ser avaliado individualmente.