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Consumo de sucralose aumenta a atividade da região do cérebro ligada a fome, comprova novo estudo

Você troca o açúcar por sucralose para “economizar calorias” e “evitar o ganho de peso”?

Um novo estudo, publicado em março na Nature Metabolism, revelou que o consumo de sucralose, um dos adoçantes artificiais mais usados no mundo, pode aumentar a atividade do hipotálamo, a região do cérebro responsável por regular o apetite, a saciedade e o controle do peso corporal.

E o que isso significa na prática? Que o corpo recebe o sabor doce, espera energia (calorias)— mas ela nunca chega. Esse “descompasso” confunde o cérebro, gera aumento de fome e altera as conexões neurais envolvidas com recompensa, motivação e tomada de decisão. E o resultado? Mais compulsão, mais desejo por alimentos ultrapalatáveis e maior risco de comer além da conta.

Esses efeitos foram ainda mais acentuados em pessoas com obesidade e em mulheres, sugerindo uma resposta cerebral sensível ao sexo e ao estado metabólico.

E o alerta vai além: os pesquisadores agora investigam se crianças e adolescentes — que são os maiores consumidores de adoçantes artificiais — estão sofrendo alterações no desenvolvimento cerebral. Um cérebro em formação exposto a substâncias que bagunçam a sinalização de fome, recompensa e prazer pode ser o gatilho perfeito para uma geração ainda mais vulnerável ao sobrepeso, compulsão alimentar e distúrbios metabólicos.

Além de ativar o hipotálamo, a sucralose aumenta a conectividade com áreas cerebrais relacionadas à motivação, como o córtex cingulado anterior, o que pode reforçar comportamentos de busca por comida — mesmo sem necessidade energética real.

A verdade é simples: adoçante não é neutro. E trocar o açúcar por algo que engana seu cérebro pode não ser a saída mais inteligente para emagrecer ou proteger sua saúde.

Em vez de buscar atalhos doces e artificiais, ensine seu corpo a funcionar de forma inteligente.

O jejum intermitente, a comida de verdade e a reeducação do paladar ainda são as ferramentas mais poderosas — e naturais — que temos à disposição!

Ref.: doi.org/10.1038/s42255-025-01227-8

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