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Doenças Inflamatórias Intestinais: o que você precisa saber sobre elas

Comer comida de verdade. Sempre vou insistir nessa ideia porque sei dos benefícios que uma alimentação saudável pode trazer para a saúde das pessoas. É importante falar do quão importante é uma alimentação saudável para que tem doença de Crohn. Ainda mais hoje, dia 19/5, o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal.

Alguns estudos citam que mudanças alimentares contribuem para a diminuição dos sintomas e desconfortos oriundos da doença de Crohn. Há pesquisas que apontam os carboidratos em excesso como um elemento que contribui para o processo inflamatório intestinal, desencadeando distúrbios. A caseína e o glúten (proteína do leite e do trigo de grande tamanho molecular causando grande dificuldade de digestão), especialmente quando consumidos em excesso, podem causar leaky gut (leia mais em #drbarakatleakygut) contribuindo para “acordar” os genes recessivos de doenças autoimunes.

Nossa alimentação mudou muito com a chegada da modernidade. Um exemplo desta mudança está na farinha de trigo, que não é mais a mesma que nossos antepassados paleolíticos usavam. Hoje é feita na fermentação química, mantendo a integridade do tamanho molecular do glúten (causador de desconforto e leaky gut). Antigamente, ninguém comia nenhum pão que não fosse fermentado naturalmente que tem a molécula do glúten pré-digerida (o mesmo ocorre com a caseína em queijos curados). Até 2-3 décadas atrás as pessoas não tinham tanta inflamação porque o tamanho molecular do glúten era degradado e pré-digerido pelas bactérias no processo de fermentação natural. Hoje se consome grandes quantidades e de trigo fermentado quimicamente, o que inflama o intestino pelo seu grande tamanho molecular.

Além disso, a ingestão de vitamina D pode colaborar para o reestabelecimento do sistema imunológico, ajudando ao indivíduo a restituir a saúde e proporcionar qualidade de vida.

Refs:
Akobeng AK, Thomas AG. Síndrome de Refeeding após o tratamento nutricional enteral exclusivo na doença de Crohn. J. Pediatr. Gastroenterol. Nutr . 51 (3), 364-366 (2010).
DOI: 10.1016/j.jada.2011.05.004
DOI: 10.2353/ajpath.2010.090998

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