A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune complexa, em que o sistema imunológico ataca a mielina — a camada que protege os neurônios — afetando a comunicação entre cérebro e corpo. Mas a ciência tem apontado um aliado poderoso na prevenção e no controle da progressão da doença: a vitamina D.
Pesquisas recentes, incluindo um estudo publicado em março no JAMA, mostraram que a suplementação com doses elevadas de vitamina D pode retardar a evolução da esclerose múltipla em pacientes com risco aumentado. O que já era observado há décadas — a relação entre baixos níveis de vitamina D e maior incidência de EM — agora ganha força com dados mais robustos.
O papel da vitamina D vai além da saúde óssea. Ela atua como um modulador do sistema imune, ajudando a controlar respostas inflamatórias desreguladas. Em outras palavras, níveis adequados de vitamina D podem inibir os “ataques” autoimunes que caracterizam doenças como a EM.
⚠️ Mas aqui vale o alerta: essa suplementação deve ser feita com acompanhamento profissional. A vitamina D em excesso pode levar ao acúmulo de cálcio e sobrecarregar rins e coração. Por isso, o acompanhamento é indispensável.
E é aqui que a medicina integrativa se destaca. Ela não trata apenas a doença, mas cuida do terreno biológico que permitiu que ela se desenvolvesse. Na EM, isso significa investigar a fundo:
– Disbiose intestinal e inflamação crônica silenciosa
– Deficiências nutricionais (como vitamina D, magnésio, ômega-3 e B12)
– Estresse crônico, qualidade do sono, exposição solar e hábitos de vida
O que você faz hoje pode influenciar o curso da sua saúde no futuro.
E, para quem convive com doenças autoimunes, isso é uma oportunidade que não se pode ignorar!
Ref.: doi:10.1001/jama.2025.1604